Os quatro sinos da basílica de Nossa Senhora do Rosário tocaram este domingo às 06h45, num convite aos fiéis para se concentrarem no recinto do santuário e iniciarem a participação nas celebrações
Os quatro sinos da basílica de Nossa Senhora do Rosário tocaram este domingo às 06h45, num convite aos fiéis para se concentrarem no recinto do santuário e iniciarem a participação nas celebrações Depois de colocar dois microfones no altar do recinto, no Santuário de Fátima, Nuno Lains, 41 anos, subiu as escadas da pequena sala que se situa numa das alas laterais da Basílica, esperou pelas 06h44 e acionou os quatro sinos, para chamar os peregrinos e assinalar o início das celebrações de mais um 13 de maio – o 95º desde que começou a celebrar-se o aparecimento da Nossa Senhora aos três pastorinhos. Os toques são automáticos, mas nas grandes peregrinações aniversárias o primeiro chamamento dos fiéis é sempre feito manualmente por um funcionário da equipa responsável pelo som do santuário. Desta vez a tarefa coube a Nuno Lains, responsável há mais de 20 anos pela captação e transmissão das vozes e cantos que ecoam pela esplanada do recinto. Depois de acionar os sinos, o técnico sentou-se em frente à mesa de mistura do sistema digital, direcionou a câmara de vídeo para o púlpito do altar e esperou pelo sacerdote que foi convocar os peregrinos a participarem na Procissão do Santíssimo Sacramento.como era uma voz conhecida, bastou ajustar o volume. Se fosse alguém estrangeiro, é que precisava de fazer outro tipo de acertos, até a voz sair perfeita.com mais de metade da vida entregue a esta profissão, Nuno ainda não se cansou, apesar das tarefas parecerem monótonas. Há sempre qualquer coisa de novo e que vamos descobrindo, disse à FÁTIM a MISSIONÁRIa. Neste capítulo, destaca, por exemplo, a visita de Bento XVI ao santuário, em 2010. a equipa do Vaticano manda sempre um especialista em liturgia para acompanhar o trabalho do técnico de som, que no final das celebrações fez o seguinte comentário: Estava tudo como gostaria que estivesse em todo o lado. São rebuçados como este que incentivam Lains a tratar do som de cada peregrinação, como se fosse a mais importante.