Desde há anos que se fala e se trabalha para dotar o Quénia de uma Constituição actualizada. Mas os entraves continuam a aparecer.
Desde há anos que se fala e se trabalha para dotar o Quénia de uma Constituição actualizada. Mas os entraves continuam a aparecer. Depois de muito tempo de preparação reuniu-se em 2004 um grupo de mais de 500 personalidades incluindo todos os membros do parlamento do Quénia para estudar e aprovar uma nova Constituição. Depois de vários meses de trabalho o texto final foi aprovado e enviado ao parlamento para execução. Desde então pouco ou nada se soube acerca dos destinos do dito texto.
O grande problema é a devolução de alguns poderes às administrações locais, a criação do lugar de primeiro-ministro e a eliminação de alguns poderes do presidente da república.
Decisões foram tomadas pela assembleia constituinte, mas agora o parlamento pode vetá-las ou emendá-las, o que tornaria quase inútil todo o trabalho feito no passado. No entanto a comissão nacional de eleições usou todo este mês de Maio para actualizar as listas eleitorais e inscrever novos eleitores reforçando assim a ideia de um Referendo à nova constituição proposto para Dezembro próximo.
Infelizmente as constituições não enchem os estômagos nem dão trabalho a milhões de desocupados, mas podem criar condições mais propícias ao progresso humano e social. Presentemente a concentração dos poderes de decisão em apenas alguns leva a constantes abusos.
Os próximos meses dirão se de facto o país se está abrindo ou fechando aos desafios dos novos tempos.