Relatório revela que crianças apátridas se sentem «invisíveis» ou «extraterrestres». antónio Guterres alerta para necessidade «de se pôr um fim ao sofrimento desses menores»
Relatório revela que crianças apátridas se sentem «invisíveis» ou «extraterrestres». antónio Guterres alerta para necessidade «de se pôr um fim ao sofrimento desses menores»Menores apátridas disseram considerar-se invisíveis, extraterrestres ou como um cão de rua. Os menores nestas condições referiram que se sentem como se vivessem nas sombras e como se não valessem nada. Tais declarações foram prestadas pelas crianças em entrevistas realizadas para o relatório Eu Estou aqui, Eu Pertenço: a Necessidade Urgente de acabar com a Infância apátrida.
O documento foi lançado esta terça-feira, 3 de novembro, pelo alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (aCNUR). Para a elaboração deste relatório foram entrevistadas crianças da Costa do Marfim, Geórgia, Itália, Jordânia, Malásia, República Dominicana e Tailândia entre julho e agosto deste ano.
antónio Guterres, alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, destaca que o relatório reafirma a necessidade de se pôr um fim ao sofrimento desses menores num mundo onde uma criança nasce sem uma cidadania a cada dez minutos. O responsável frisa que nenhuma criança deveria ser apátrida. Todas elas devem pertencer a algum lugar. Guterres lembra que esta situação pode sentenciar esses menores de idade a uma vida de discriminação, frustração e desespero.