Dar valor ao que é essencial. Depois de terem ido em missão, jovens dão testemunho aos congressistas do ICNE.com a consciência que “há muito para fazer”.
Dar valor ao que é essencial. Depois de terem ido em missão, jovens dão testemunho aos congressistas do ICNE.com a consciência que “há muito para fazer”. Empenhámos a alma para ir a África, deixámos uma pegada e voltámos a Portugal com uma cicatriz. É desta forma que Vera Penêda, 25 anos, sintetiza a sua participação, conjuntamente com outros nove jovens, no projecto Missão em Moçambique 2004.
O grupo de voluntários esteve um mês na paróquia de São João Baptistado Fomento, em Moçambique, paróquia está geminada com a do Campo Grande, Lisboa.
Foram estes testemunhos, a experiência que tiveram que alguns voluntários partilharam, a 10 de Novembro, num dos ateliers do ICNE – Congresso Internacional para a Nova Evangelização.
as palavras são poucas e nem sempre expressam bem o que estes jovens ganharam neste projecto de Fazer amigos e deixar sorrisos.
Deixaram também lá construída uma escola, uma biblioteca, uma igreja, uma fossa séptica, um campo de futebol, um centro nutricional e mais importante, partilharam a formação humana e técnica que possuem. Tudo porque em 2000, Paula Brito, depois das cheias que assolaram o país, decidiu pôr mãos à obra.
Tudo começou com a partilha de Natal de 2002, 20 mil euros angariados. Desde então desfizemos nós, criámos laços e estreitámos entre as duas comunidades paroquiais, lembra Paula Brito, coordenadora deste projecto. até que em 2003 foi enviado o primeiro grupo em missão. Seis jovens. a estes sucedem-se dez no ano seguinte. E em 2005, mais jovens e duas senhoras.
agora o grande desejo é trazer alguns responsáveis da paróquia de S. João de Fomento a Portugal.
Em três anos demos muito. É importante fazer tempo de paragem e reflectir sobre o trabalho desenvolvido assinala Paula Brito.
a partir de Janeiro, altura em que iniciam a preparação do projecto é que o grupo coordenador estudará as possibilidades de conseguir trazer um grupo de Moçambique. O objectivo é dar-lhes formação em áreas específicas, como a informática.
apoios
O padre Lázaro, moçambicano e há quatro anos na paróquia é outro dos elementos desta cadeia, orientando os grupos, na sua preparação.
Os paroquianos do campo Grande têm sabido ser generosos e tornar possível a continuidade deste projecto. a equipa de trabalho tem ainda várias actividades de angariação de fundos. O projecto, nas suas três edições tem-se auto-financiado. O padre Vítor Feytor Pinto é o mentor espiritual e Paula Brito, a cordenadora.
Do lado de lá, em S. João do Fomento, o jesuíta Vicente Zorzo, pároco considera a experiência muito rica, uma forma especial de evangelização.
Este é um projecto que conta, também, com o apoio das irmãs Doroteias, no Fomento que recebem e trabalham com cada grupo.