Três em cada quatro australianos acreditam que o seu país é racista e quase 60 por cento pensam que a violência racial nas praias de Sydney causou dano à reputação internacional do país.
Três em cada quatro australianos acreditam que o seu país é racista e quase 60 por cento pensam que a violência racial nas praias de Sydney causou dano à reputação internacional do país. O inquérito, publicado pelo jornal The Sydney Morning Herald, levou o primeiro-ministro John Howard a dizer, pela primeira vez, que a tensão racial foi uma das causas da violência que assolou as praias de Sydney nos últimos dias, apesar de negar que os australianos sejam racistas.
“Há algumas pessoas na comunidade australiana que são racistas, mas não acredito que o australiano comum seja racista. Não acredito que a maioria dos australianos sejam racistas”, disse o primeiro-ministro na televisão australiana.
a 11 de Dezembro começaram os confrontos na praia de Cronulla, no sul de Sydney. Uma multidão, atiçada por activistas da supremacia da raça branca, e alcoolizada atacou qualquer pessoa com aparência árabe. alegam que defendiam a sua praia de jovens libaneses que eles culpam de recentemente ter atacado os nadadores salva-vidas. Jovens libaneses retaliaram durante duas noites, atacando pessoas e vandalizando carros em vários bairros.
a calma regressou a Sydney na semana que passou, porém continuam a circular mensagens de telemóvel apelando a mais violência racial. Postos de controlo da polícia confiscaram armas caseiras (bombas de combustível e barras de metal) e fizeram dezenas de detenções.