A Rede Europeia Anti-Pobreza Portugal, apoiada por 22 personalidades, entregou uma carta aberta ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a pedir aos podres políticos que definam com urgência uma estratégia para combater a pobreza em Portugal, agravada pela pandemia de Covid-19.
“Temos de garantir uma política social solidária com uma ação multidisciplinar e integrada junto das famílias pobres, combatendo os problemas estruturais que estão na origem da pobreza, não se limitando essa ação à mera distribuição de recursos, muitas vezes parcos e mesmo assim sujeitos a um racionamento frequentemente questionável. Mas este combate não pode ser apenas travado pelos órgãos do Estado. É um combate nosso, de todo o Portugal”, sustenta o documento, publicado esta sexta-feira, 19 de junho, no jornal Público.
Na carta, são propostas intervenções em “10 áreas fundamentais”, para assegurar “um maior bem-estar da população que vive enredada na miséria em que nasceu ou para que foi atirada e em apoios inconsequentes e insuficientes”. Entre as medidas sugeridas, estão “o crescimento socioeconómico vocacionado para o desenvolvimento e bem-estar de todos os cidadãos”, acesso ao ensino, apoios à infância e garantir que o sistema de saúde protege os mais pobres.
O documento realça ainda a necessidade de promover o interior do país, e aconselha o apoio das empresas que garantam o primeiro emprego aos jovens. Pede também o direito a uma habitação digna e uma justiça acessível a todos.