Um estudo realizado pelo Centro de Investigações Conjuntas da Comissão Europeia, com base em dados recolhidos por satélite, concluiu que a Europa perdeu nos últimos anos vastas áreas de floresta devido ao aumento das explorações florestais, o que reduz a capacidade para absorver carbono e levanta novos entraves à luta contra as alterações climáticas.
Neste momento, cerca de 38 por cento da área florestal da União Europeia (UE) é utilizada pela indústria madeireira, e a perda de biomassa aumentou 69 por cento, entre 2016 e 2018, em comparação com o período 2011 a 2015. A área florestal explorada também cresceu 49 por cento.
Os investigadores verificaram que o “ritmo de exploração” manteve-se estável na maioria países comunitários entre 2004 e 2015, mas detetaram um aumento acentuado entre 2016 e 2018, sobre tudo em nações com atividades económicas florestais significativas, tais como indústrias bioenergéticas ou de papel.
O maior aumento das áreas florestais de exploração, de acordo com o estudo publicado na revista Nature, foi registado entre 2016 e 2018 na Suécia e Finlândia, que em conjunto representaram mais de 50 por cento do aumento total registado nos 26 países. Espanha, Polónia, França, Letónia, Portugal e Estónia representaram conjuntamente cerca de 30 por cento do mencionado aumento.