Filippo Grandi, alto-comissário da Organização das Nações Unidas para refugiados, encontra-se de visita ao Líbano, com o objetivo de acompanhar o trabalho de assistência às vítimas da explosão ocorrida no país no passado dia 4 de agosto. O responsável chegou ao Líbano terça-feira, 18 de agosto, e deverá permanecer no país ao longo de quatro dias.
Durante este período, Filippo Grandi deverá reunir-se com autoridades em Beirute, visitar os bairros mais afetados pela explosão, assim como acampamentos de refugiados e diversas localidades, incluindo o Vale do Becá, situado na fronteira do país com a Síria. O responsável deverá encontrar-se com refugiados sírios que foram gravemente afetados pela crise económica e pelos efeitos das medidas de contenção da pandemia.
O alto-comissário deverá também acompanhar a resposta humanitária que está a ser prestada em outras regiões do país, e visitará, no norte do Líbano, os hospitais públicos onde o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) apoiou a expansão do número de camas em unidades de tratamento intensivo, uma iniciativa que deverá ser continuada, uma vez “os hospitais locais continuam sobrecarregados”, conforme indicam os serviços de comunicação das Nações Unidas.
Esta é primeira missão no terreno de Filippo Grandi, desde o início da pandemia. Babar Baloch, porta-voz do ACNUR, disse à comunicação social, a partir de Genebra, na Suíça, que esta visita “é uma reafirmação da solidariedade e compromisso do ACNUR em apoiar o Líbano”. Uma das principais prioridades da agência no terreno continua ser a participação em operações de apoio aos libaneses e refugiados, uma vez que o país concentra a maior percentagem de refugiados do mundo, em relação à dimensão da sua população.
Perante as proporções desta tragédia, o ACNUR encontra-se a aumentar a sua resposta a “todas as comunidades atingidas pela explosão para fornecer socorro imediato, abrigo e apoio de proteção”. A agência das Nações Unidas encontra-se a fornecer abrigos de emergência a cerca de 200 mil famílias que tiveram as suas casas gravemente destruídas. À ajuda alimentar e material básica, soma-se ainda o apoio psicológico de emergência, assim como outras medidas urgentes de proteção a esta população em vulnerabilidade.