Os católicos paraguaios veneram este mês a sua santa padroeira em paróquias de bairro ou de forma virtual, longe da basílica que atrai todos os anos centenas de milhares de fiéis e que ficou vazia pela primeira vez, no último século, por causa da pandemia do novo coronavírus.
As autoridades decidiram aplicar as restrição mais severas de quarentena nos arredores do templo de Caacupé para dissuadir os peregrinos de ali se deslocarem e evitar uma explosão de casos tendo em conta o aumento geral de contágios registado nas últimas três semanas.
A única vez que o governo tinha suspendido oficialmente a celebração em honra da Virgem de Caacupé foi em 1918, durante a pandemia de gripe espanhola, segundo explicou à agência Reuters o investigador espanhol Fabián Chamorro.
“Eu queria ir mas vi que havia muito controlo desde novembro e que agora está completamente encerrado. É um pouco frustrante, podia ter sido permitido com moderação, creio que é demasiado exagerado”, testemunhou Ruth Valdez, uma estudante de 21 anos que participa regularmente na celebração.
A decisão de encerrar a basílica foi tomada semanas antes das festividades para prevenir a propagação do coronavírus num momento em que as autoridades sanitárias enfrentam “uma onda mais violenta” de contágios. Até domingo, 6 de dezembro, o Paraguai tinha registado mais de 87 mil casos confirmados de Covid-19 e mais de 1.800 mortes.