O Comité de Crise do Turismo Global quer reiniciar o setor com respostas comuns para testes, certificados de vacinação e rastreio de contactos, depois de, no ano passado, se ter registado uma redução de 900 milhões de turistas internacionais entre janeiro e outubro. “O lançamento das vacinas é um passo na direção certa, mas o reinício do turismo não pode esperar”, alertou o secretário-geral da Organização Mundial de Turismo (OMT).
Segundo Zurab Pololikashvili, “as vacinas devem integrar uma abordagem mais ampla e coordenada com certificados e passes para viagens internacionais seguras”, para restaurar a confiança no setor a longo prazo, através de “uma mensagem clara e forte de que o turismo seguro agora é possível”.
Os dados da OMT estimam uma queda nas chegadas internacionais em 2020 entre 70 a 75 por cento, levando o turismo global a recuar aos níveis de há 30 anos, com menos um bilião de chegadas. Para dar a volta à crise, o Comité está a analisar as possíveis aplicações da tecnologia digital nessa área, incluindo documentação nos pontos de entrada, histórico de viagens, teste, rastreio de contacto e, possivelmente, requisitos de vacinação.
Criado para facilitar o diálogo entre governos, líderes do setor público e privado e organizações internacionais, este organismo da OMT já pediu a padronização, digitalização e interoperabilidade de protocolos de teste e sistemas de certificação, e solicitou o apoio da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para criar um sistema harmonizado de controlo das fronteiras.