O Papa Francisco fez esta sexta-feira, 12 de fevereiro, um apelo à comunidade cristã para que tenha particular atenção a quem sofre por causa da pandemia de Covid-19. Na sua mensagem para a Quaresma, o Pontífice reconhece o contexto de “grande incerteza” que marca a preparação da próxima Páscoa, mas insiste na necessidade de se cultivar a esperança e renovar a fé.
“No contexto de preocupação em que vivemos atualmente onde tudo parece frágil e incerto, falar de esperança poderia parecer uma provocação”, mas o tempo da Quaresma “é feito para ter esperança, para voltar a dirigir o nosso olhar para a paciência de Deus, que continua a cuidar da sua Criação, não obstante nós a maltratamos com frequência”, escreve o Santo Padre.
Aproveitando este período, que é também de reconciliação, o Papa pede uma sociedade mais preocupada em proferir palavras de incentivo, conforto, consolo e ânimo, do que palavras que humilham, angustiam, irritam e desprezam: “Às vezes, para dar esperança, basta ser uma pessoa amável, que deixa de lado as suas preocupações e urgências para prestar atenção, oferecer um sorriso, dizer uma palavra de estímulo, possibilitar um espaço de escuta no meio de tanta indiferença”.
Para Francisco, este é também o tempo da caridade, um sentimento que considera fundamental para construir um mundo novo e alcançar vias eficazes de desenvolvimento para todos. “Só com um olhar cujo horizonte esteja transformado pela caridade, levando-nos a perceber a dignidade do outro, é que os pobres são reconhecidos e apreciados na sua dignidade imensa, respeitados no seu estilo próprio e cultura e, por conseguinte, verdadeiramente integrados na sociedade”, destaca o Pontífice.