O Papa Francisco recebe esta sexta-feira, 17 de dezembro, um grupo de refugiados e migrantes acolhidos em Itália, com o apoio da Santa Sé. A audiência acontece precisamente no dia em que o Santo Padre faz 85 anos. Cerca de uma dezena de migrantes encontram-se agora em Itália, devido a esta iniciativa de acolhimento do Sumo Pontífice, que envolve também a comunidade católica de Santo Egídio, e que conta com a ajuda de autoridades italianas e cipriotas. O objetivo é “realocar cerca de 50 pessoas, incluindo mulheres solteiras com os seus filhos”, segundo os serviços de comunicação do Vaticano. Já em 2016, quando tinha visitado a ilha grega de Lesbos, o Papa tinha levado consigo para Roma 12 refugiados sírios.
José Tolentino Mendonça, cardeal madeirense e bibliotecário e arquivista da Santa Sé, saudou o Papa Francisco pelo seu aniversário, destacando o impacto do atual pontificado, dentro e fora da Igreja Católica. “As pessoas são tocadas pela sua forma de ser, de viver, de falar de Jesus e de falar da pessoa humana – e são tantas para lá da Igreja. Cristãos ou não, sentem uma autoridade que vem do coração e que vem da força ética da sua palavra e do seu exemplo”, disse o colaborador do Santo Padre, em declarações à agência Ecclecia.
Por sua vez, José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), destaca, a propósito do aniversário do Papa, que este é como “um profeta que anuncia caminhos novos e que também os prepara”, e que “tem ajudado todos a sonhar um mundo novo, uma Igreja nova”. Já Rui Valério, bispo das Forças Armadas e de Segurança, afirma que o “pontificado do Papa Francisco está muito identificado com a espiritualidade do Natal”, lembrando “não-lugares” da sociedade, onde se podem encontrar histórias “conturbadas” de homens e mulheres.