Os profissionais do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) apresentam oito motivos para que a sociedade tenha esperança em 2023. Um deles diz respeito à tendência global para fortalecer os direitos reprodutivos. Uma investigação em 153 países que envolveu quase 90 por cento da população mundial mostrou que 76 por cento dos Estados têm leis que garantem os direitos sexuais e reprodutivos das pessoas.

 

Progressos na justiça e segurança online

Outro motivo para ter esperança no novo ano diz respeito ao avanço da justiça. Os especialistas do UNFPA recordam o acordo histórico alcançado na COP27, em novembro, que deve assegurar financiamento para “perdas e danos” aos países mais afetados pelos efeitos das alterações climáticas. A terceira razão para ter esperança em 2023 está relacionada com a presença segura das mulheres em ambiente digital. Mais de 30 mil pessoas assinaram já uma petição do UNFPA a apelar aos formuladores de políticas e empresas de tecnologia para reconheceram a violência online e acabarem com ela.

 

 Apoio a centros de saúde

O quarto motivo apresentado pelo UNFPA para ter esperança no futuro aponta para o facto da violência sexual em conflitos está a ser abertamente condenada, sendo que os programas humanitários que esta agência detém pelo mundo têm ajudado milhares de centros de saúde a prestar atendimento especializado a vítimas de violação, tendo apoiado milhões de sobreviventes.

 

 Tecnologia favorece progresso

O quinto motivo está relacionado com o trabalho de ativistas, que têm procedido à entrega de bens essenciais com drones, têm colocado a funcionar unidades móveis de maternidade, e que têm promovido uma tecnologia que ofereça segurança online a meninas e mulheres. No Laos e nas Maldivas, por exemplo, os profissionais do UNFPA têm recorrido à rede social TikTok para treinar parteiras, e no Bangladesh estão a ser distribuídos produtos de recolha menstrual.

 

 Saúde mental e igualdade de género

O sexto motivo de esperança tem a ver com a saúde mental. A agência das Nações Unidas afirma que tem ampliado o seu apoio psicossocial, e que tem alargado o acesso a espaços e abrigos seguros. A sétima razão prende-se com o reconhecimento da menstruação enquanto questão de direitos humanos, colocando diversos países a aprovar a “distribuição gratuita” de produtos de recolha menstrual.

 

Progressos na saúde aumentam população global

O oitavo e último motivo apresentado pelo UNFPA para ter esperança em 2023 diz respeito ao facto da humanidade ter atingido os 8 biliões de pessoas no passado mês de novembro, o seu nível mais alto de sempre. “É uma prova de décadas de progresso na saúde pública e na redução da pobreza, e é uma história de sistemas de saúde mais resilientes e eficazes”, destacou Natalia Kanem, diretora executiva do Fundo de População das Nações Unidas.