O ano passado foram assassinados 12 sacerdotes e cinco religiosas em vários países. Foram sequestrados 42 sacerdotes e nove religiosas, todos em África. O país que mais preocupa a Igreja é a Nigéria e, mais recentemente, a Nicarágua. Neste contexto, a fundação AIS insiste em apelar a todos os países envolvidos nestes e noutros métodos de violência para que garantam a segurança e a liberdade dos sacerdotes, religiosas e outros agentes pastorais que trabalham para servir os mais necessitados.
Aos amigos e colaboradores, a AIS pede para rezarem por aqueles que perderam a vida, pelas suas comunidades e famílias, bem como pelos que estão ainda em prisões. Entre os sacerdotes assassinados o ano passado, quatro foram mortos na Nigéria, três no México e dois na República Democrática do Congo. Entre as cinco religiosas que também perderam a vida, duas trabalhavam no Sudão do Sul, e as restantes no Haiti, Moçambique e República Democrática do Congo.
Perseguidos por causa da fé
O continente onde os cristãos mais sofrem discriminação e perseguição é África, sobretudo no Chade, Níger, Mali, Burkina Faso e Nigéria. No sul da Ásia temos a Índia, o Paquistão e o Myanmar. No oriente asiático temos a Coreia do Norte e a China.
Entre 2021 e 2022, foram assassinados quase oito mil cristãos vítimas de ódio religioso, especialmente por parte de organizações terroristas jihadistas, aderentes ao Estado Islâmico e Boko Haram. Uma das principais razões desta perseguição deve-se ao facto do cristianismo conter e defender valores que, entre outros, promovem a justiça social e a dignidade de cada ser humano, independentemente da sua cultura, etnicidade e religião.
Texto: Álvaro Pacheco