Ao longo do passado mês de maio, elementos da equipa da Helpo, uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) portuguesa, deram em Moçambique “formação a 55 raparigas, entre os 13 e os 18 anos, de três escolas secundárias da província de Nampula, sobre higiene e saúde sexual reprodutiva, dando espaço para expressarem as suas preocupações e dúvidas”, explica o próprio organismo português.
No decorrer destas formações, as participantes “receberam um kit com pensos higiénicos reutilizáveis, roupa interior, sabão e alguns miminhos”. A organização portuguesa explica que o “casamento prematuro e a gravidez precoce são das causas mais frequentes do abandono escolar, por parte das raparigas”.
A Helpo adianta que os “tabus, mitos e crenças afetos à higiene e saúde sexual reprodutiva, levam a que as meninas faltem às aulas por longos períodos de tempo”. Segundo a organização, “um dos mitos é, por exemplo, que durante o período menstrual, as raparigas não se podem aproximar dos rapazes e, por isso, não podem ir à escola”. A iniciativa aconteceu no âmbito do “Maria Menina”, um projeto em Moçambique na área da higiene e saúde sexual reprodutiva apoiado pela Galp, pela Fundação Galp, e pelo Programa de Apadrinhamento de Crianças à Distância da Helpo.