O agravamento do conflito entre Israel e Palestina está entre as preocupações do Papa. “Sigo com apreensão e dor o que está a acontecer em Israel, onde a violência explodiu com ainda mais rapidez, provocando centenas de mortes e feridos”, disse Francisco, a partir da Praça de São Pedro, no Vaticano, no domingo, 8 de outubro. O Santo Padre pediu para que “cessem os ataques e as armas”. “Que se compreenda que o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução, apenas à morte, ao sofrimento de tantos inocentes”, frisou, sublinhando que “qualquer guerra é uma derrota”.
Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, olha com grande alarme para o conflito. “A operação lançada a partir de Gaza e a reação do exército israelita estão a trazer-nos de volta ao pior período da nossa história recente. As muitas baixas e tragédias, com que as famílias palestinas e israelitas têm de lidar, criarão mais ódio e divisão e destruirão cada vez mais qualquer perspetiva de estabilidade”, lamentou.
O cardeal pede à comunidade internacional e aos líderes religiosos da região para procurarem “restabelecer a calma e trabalhar para garantir os direitos fundamentais das pessoas”, rejeitando discursos de “ódio e extremismo”. “O contínuo derramamento de sangue e as declarações de guerra lembram-nos, mais uma vez, a necessidade urgente de encontrar uma solução duradoura e abrangente para o conflito palestino-israelita, nesta que é chamada ser uma terra de justiça, de paz e de reconciliação entre os povos”, escreve o responsável, numa nota publicada online.