A Capela do Seminário da Consolata de Fátima esteve repleta de fiéis na manhã desta segunda-feira, 8 de janeiro, para a missa de exéquias do padre Jaime Marques, missionário da Consolata falecido no passado sábado, 6 de janeiro, aos 92 anos de idade. A missa foi presidida por Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa e amigo do padre Jaime, e foi concelebrada por dezenas de sacerdotes missionários da Consolata, e por Mário Verdasca, pároco de Santa Catarina Serra, de onde era natural o sacerdote falecido.
No início da celebração, Pietro Plona, sacerdote missionário da Consolata, começou por recordar que o padre Jaime assumiu diversas funções de destaque, sempre com grande empenho e responsabilidade, em países como Itália, Moçambique e Portugal, destacando o facto de ter fundado a Cáritas Moçambicana. O bispo auxiliar de Lisboa deu graças pelo dom da vida do falecido missionário.
A homilia da celebração foi proferida por Bernard Obiero, conselheiro da Região Europa dos Missionários da Consolata, que recuperou uma entrevista do padre Jaime, e lembrou que o sacerdote era o último missionário vivo pertencente ao primeiro grupo de seminaristas que entraram no seminário da Consolata em Fátima, em 1944.
O padre Bernard destacou que o missiorário falecido detinha “zelo missionário”, assumiu “muitos cargos importantes no instituto” da Consolata, foi o “primeiro superior da congregação não italiano”, e era “muito sensível às causas sociais”, tendo fundado a Cáritas Moçambicana, organização onde sempre “trabalhou muito”.
Enquanto superior da Casa Geral em Roma o padre Jaime era conhecido por comunicar muito com todos os missionários, por “acolher muito bem os missionários”, e por se preocupar em saber como estava cada pessoa. Depois da notícia do falecimento do sacerdote, os Missionários da Consolata receberam muitas mensagens de pessoas que tiveram contacto com o padre Jaime, e que agora lembram com emoção a sua “grande capacidade de escuta”. O padre Jaime tinha 71 anos de profissão religiosa, e 66 anos de sacerdócio. Depois da Eucaristia, o corpo seguiu em cortejo fúnebre para o cemitério de Fátima, onde foi sepultado.