A primeira Peregrinação Internacional Aniversária de 2024 ao Santuário de Fátima realiza-se nos próximos dias 12 e 13 de maio. Esta peregrinação é marcada pela participação de muitos fiéis a pé. O grupo da paróquia de Nossa Senhora de Belém, em Rio de Mouro, Sintra, inicia a sua jornada esta quinta-feira, dia 9 de maio, às 07h00, e deverá concluir o seu trajeto domingo, 12, pelas 18h30. “O percurso a pé totalizará aproximadamente 138 quilómetros, divididos em quatro dias de caminhada com cerca de 34 quilómetros cada, sendo maioritariamente caminho fora de estrada”, indicam os organizadores.
José Ornelas, bispo na diocese de Leiria-Fátima, deseja que a ida ao santuário possa ser um motivo de força e alento para todos os fiéis. “Nas peregrinações as pessoas estão à procura de luz, de paz, de um objetivo de vida. O santuário não é simplesmente um lugar para ir visitar e fazer uma devoção. O santuário é sempre um lugar de iluminação, do encontro com Deus, e de onde se parte com uma nova luz e força, e é isso que desejo a todos os peregrinos”, disse o prelado, em declarações à FÁTIMA MISSIONÁRIA.
Apoio e voluntariado
A pensar em todos os que caminham, existe a Comissão de Apoio aos Peregrinos a Pé, coordenada pela associação do Movimento da Mensagem de Fátima, e que é constituída por instituições como a Cruz Vermelha Portuguesa, Proteção Civil, GNR, Corpo Nacional de Bombeiros e Corpo Nacional do Escutismo, entre muitos outros organismos, que detêm postos de assistência aos peregrinos.
Entre estas entidades de apoio está também a Ordem de Malta, que indica que durante o mês de maio coloca em campo um “dispositivo com várias centenas de voluntários distribuídos por várias vias de Norte a Sul de Portugal”, onde “são prestados cuidados de saúde, é fornecida dormida aos peregrinos mais desamparados com a ajuda do Exército e é prestado apoio espiritual”.
Também a Associação Portuguesa de Podologia disponibiliza desde 2004, em maio, em pontos estratégicos do caminho para o santuário, cuidados podológicos gratuitos, com o apoio de dezenas de voluntários. José Ornelas realça o papel dos voluntários, que fazem trabalhos como “lavar os pés, fazer massagens, curar feridas e tratar bolhas”.
“Estas pessoas dão um sentido samaritano à peregrinação porque são a ajuda. Tenho sentido, entre os peregrinos que chegam aos postos de apoio, a sua gratidão e comoção. Há pessoas que vão com lágrimas nos olhos serem tratadas, e não é só porque alivia a dor. É porque entendem que há um mundo de bem nas pessoas que ajudam, que dão a mão a quem precisa. Peregrinar também significa deixar-se ajudar”, afirma. O santuário deixa recomendações aos que se preparam para peregrinar a pé, e aconselha o uso de protetor solar, recomenda que se evitem os itinerários principais e complementares, e pede para que se zele pela limpeza dos postos de assistência aos peregrinos.