José Barros, Missionário da Consolata, celebra 50 anos de sacerdócio este sábado, dia 6 de julho. O religioso de 76 anos é natural de Lourosa, uma cidade do município de Santa Maria da Feira, na região do norte de Portugal. Entrou para o Seminário da Consolata, em Fátima, em 1959, e o seu período formativo contemplou também um período em Turim, Itália.
Apenas três meses depois da sua ordenação sacerdotal, José Barros partiu para Majune, um distrito situado no centro da província de Niassa, em Moçambique. O propósito era viver uma “experiência missionária de dois anos e regressar à formação de novos missionários em Portugal”, mas a “independência de Moçambique, não foi por este caminho e por lá fiquei durante 17 anos”, recorda o missionário, em declarações à FÁTIMA MISSIONÁRIA.
Em terras moçambicanas, o religioso dedicava-se “à formação de pequenas comunidades, de catequistas, paróquias e professores”, e esteve envolvido na elaboração de livros, incluindo um catecismo. “A situação de guerra obrigou a muitas mudanças, trabalhos e situações difíceis”, lembra o missionário, sublinhando que devido ao conflito “foram muitos os padres que abandonaram o país”. “Faltava a comida em período de guerra. Nem sequer pão havia”, lamenta.
O sacerdote regressou a Portugal em 1989. Esteve em missão em Ermesinde, Fátima e nos Olivais. Assumiu funções como animador vocacional, ecónomo, e esteve envolvido na remodelação de infraestruturas da Consolata. A partir de 2011, José Barros foi capelão do Hospital Amadora-Sintra, uma função que assumiu até ao início da pandemia. No hospital, o missionário recorda que existiam centenas de doentes, os quais visitava e administrava os sacramentos. O sacerdote lembra também todos os voluntários que procuravam apoiar aqueles que enfrentavam a doença.
Atualmente, o padre José Barros encontra-se a residir na comunidade dos Missionários da Consolata no Cacém, e desloca-se com regularidade a diversas comunidades da paróquia da Sintra, onde celebra Missas, e presta o seu apoio em várias atividades pastorais. Os seus 50 anos de sacerdócio foram celebrados por ocasião das Festas em Honra de Nossa Senhora da Consolata, que decorreram em junho, em Ermesinde e no Cacém, num clima de grande festa e alegria.