Uma mulher reza na Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém. “Enquanto celebramos o nascimento de Jesus este ano, continuemos a orar, a ter esperança e a trabalhar pela paz”, pede o CMI. Foto © Albin Hillert/CMI

São tantas as guerras e as crises no mundo de hoje – climática, democrática, de insegurança alimentar, de injustiça racial… – que é legítimo perguntar: “Onde está a paz em tudo isto? Onde está Deus em tudo isto?”, reconhece o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) na sua mensagem de Natal. A resposta está no nascimento de Jesus, através do qual “percebemos que Deus está aqui, se identifica conosco, partilha as nossas vulnerabilidades e eleva a nossa capacidade de restaurar a paz e fazer justiça”.

Recordando que, há quase 100 anos, “na esteira de uma guerra mundial devastadora, igrejas ecuménicas, reunidas na Conferência Mundial de Vida e Trabalho convocada pelo arcebispo da Igreja da Suécia Nathan Söderblom em Estocolmo, expressaram a sua aversão à guerra, condenando o conflito armado e identificando a guerra claramente como pecado”, o CMI apela: “Como cristãos, somos chamados a condenar a guerra e trabalhar pela paz”.

“No Conselho Mundial de Igrejas e entre as suas 352 igrejas membros, esse legado e a busca pela paz impulsionam muito do que fazemos”, assegura a missiva, assinada pelo secretário-geral da organização, Jerry Pillay.

“Enquanto aguardamos ansiosamente o Natal e o nascimento do Príncipe da Paz, estamos ainda mais conscientes da violência que está a destruir o nosso mundo, separando famílias e nações, representando uma afronta a todos os valores do reino de Deus na Terra”, acrescenta a mensagem, lembrando em particular as “guerras na Ucrânia, Gaza, Líbano e no Sudão”.

É essencial, pois, “resistir aos poderes que ameaçam a paz”, “desafiar corajosamente as mentiras e falsidades que colocam as pessoas umas contra as outras”, “orar pela paz”, e “agir e defender a paz todos os dias”, defende o CMI.

E conclui: “enquanto celebramos o nascimento de Jesus este ano, continuemos a orar, a ter esperança e a trabalhar pela paz e retidão justas no nosso mundo, independentemente do quão sem esperança ele possa parecer às vezes”.

Texto redigido por 7Margens, ao abrigo da parceria com a Fátima Missionária.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *